GERAÇÃO PRÉ-ADÂMICA

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

SANTIDADE DEMAIS PODE SER EXIBICIONISMO!




Para entender melhor esta mensagem, faça uma leitura atenta do Isaías 56. Dou destaque para os versos 6 a 8:
6 – Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo?

7 – Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?

8 – Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda.
Quando leio essa passagem fico pensando em coisas como, julgamento crítico, papel da igreja, glória e presença de Deus e um tanto de falsidade que impera no meio.
Essa passagem relata um povo muito acostumado a “orar, jejuar e adorar”, literalmenteacostumados. E Deus dá um chacoalhão neles, uma forma de dizer: que rumo você estão tomando? Pra que todo esse choro, pra que todo esse barulho e esses sacrifícios sem sentido, se vocês não estão olhando pra mim? O resultado de toda essa lamúria está descrito neste verso:
4 – Eis que para contendas e debates jejuais, e para ferirdes com punho iníquo; não jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no alto.
A adoração desse povo estava criando divisões e distorções de Deus. Triste, mas nem um pouco longe do que acontece com aqueles que se acham acima de Deus, quase semi-deuses.
Fico pensando isso, porque não quero uma vida espiritual acomodada. Eu não quero só cumprir rituais pra Deus, eu quero e preciso comprender a minha caminhada com Ele. Caminhar com Deus é adorar a Ele, é viver além de uma religiosidade sem sentido (muitas vezes fazendo as coisas sem saber porque está fazendo), mas adorá-lo pelo prazer de agradá-lo.
Fico pensando na atitude que Isaías teve que tomar para passar a mensagem de Deus, de que aquela adoração não estava subindo, e principalmente não estava gerando frutos.
Por isso eu creio que santidade sem frutos é exibicionismo. O que estava acontecendo com o povo de Israel que foi alertado por Deus, era uma pura competição de santidade. Uma forma de dizer, “Vejam como eu adoro melhor!”, “Olhe como eu jejuo mais”, “A minha canção atrai mais a presença de Deus do que a sua”. Sim, isso não está nem um pouco longe dos dias atuais.
O conceito de santidade nos leva a crer em perfeição. Porém santidade é a verdade. Santidade é a caminhada com Deus.
Em João 17:17 Jesus disse: Santifica-os na Verdade; a tua palavra é a verdade”.
Santidade é uma caminhada com Deus, íntima e sincera. E caminhar com Deus é um aprendizado dia após dia. Assim como os frutos de uma árvore não nascem do dia para a noite, nossos frutos também não vão aparecer de uma hora para outra, mas na medida que vivermos mais próximos da vontade de Deus, e menos preso a religiosidade, os frutos começam a aparecer naturalmente, nada de frutos geneticamente transformados.

Por isso que a comparação de uma vida santa com uma árvore frutífera vem em encontro a vontade de Deus. Penso nesses religiosos e pessoas acostumados a usar o unçometro (aquele medidor de unção sabe) como árvores muito bonitas, vistosas e que tem o importante papel de dar sombra. A sombra que só serve pra dias quentes, porém quando cai a noite ou quando o dia está nebuloso elas não oferecem nada.
A árvore frutífera, consegue dar frutos! A árvore frutífera tem utilidade quando várias pessoas podem chegar nela e pegar um dos seus frutos. Os animais podem se alimentar dos seus frutos. Seus frutos geram outras coisas, e até a semente dos seus frutos têm utilidade. E mesmo quando essas árvores não estão em época de frutos, elas estão germinando para crescer.
Creio que você tenha entendido essa simples ilustração: nada vale rituais vistosos, porém vazios. Mais vale uma caminhada com Deus sincera e que gere benção pra outras pessoas.
Santidade é isso: caráter, é viver a Verdade.

É isso aí!

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